Ultrapassar a barreira da formação das ideias e o papel em branco não é uma tarefa simples. Portanto, você tem todo direito de ter dificuldades em redigir um bom texto. Porém, o fundamental você já possui: a capacidade de pensar.
Basta agora aliar sua força de vontade à prática de escrever. Vamos começar? Então, pegue o lápis, o papel e… o que foi? Está difícil começar? Vamos pensar um pouco: A característica principal de um texto bem redigido está na qualidade de seu conteúdo.
Para tanto, é imprescindível estar bem informado sobre o tema a ser discutido. A veracidade das informações é de suam importância! Sejam elas históricas, científicas, ou culturais. Isso não significa que você deixe de questionar a respeito, pois um bom texto depende muito do seu teor crítico acerca da realidade. Assim, podemos dizer que:
É possível apoiar no conhecimento já existente da nossa cultura. | ou | é possível questionar o conhecimento já existente, desde que conheça bem o tema, e tenha argumentos concretos. |
Prática: Antes de começar a escrever, lembre-se que o importante é dialogar com seu leitor. Primeiro, faça a lápis, deixando suas ideias esboçadas no papel, sem se preocupar com a estrutura formal. Só reescreva, quando estiver mais seguro. O tema é: “As dificuldades que tenho para escrever”, seu leitor será um aluno cursando o segundo grau. No máximo 20 linhas.
Para lembrar:
- Não se critica ou reformula algo que não se conhece bem.
- Se não houvesse questionamento ainda viveríamos em cavernas.
- O diálogo (do grego dia=movimento através, logos=palavra) com o leitor é fundamental.
- É preciso antecipar os questionamentos possíveis do leitor, no sentido de manter um diálogo aprofundado e inteligente.
- Já para os gregos, a arte do diálogo tinha o sentido de convencer através da palavra.
- São muitas as ideias que permeiam nosso pensamento. Tudo o que você leu, viu e ouviu fazem parte do seu repertório pessoal. Como vimos anteriormente, há um conhecimento pré-existente acerca dos fatos históricos, culturais e científicos, em nossa cultura ocidental, aceitos como verdadeiros. O tempo todo confrontamos o que já conhecemos com a novidade.
- Aceitar ou não é uma questão de juízo de valores. Todo juízo de valor implica em outro que o questiona ou contradiz. Esse processo do pensamento em se questionar e contradizer chama-se dialético. É uma oportunidade de observar a realidade sob vários pontos de vista. Há três momentos no processo dialético do pensamento:
TESEANTÍTESESÍNTESEIdeia inicialIdeia contráriaUnião dos opostos - As três partes que estruturam o texto, que também podem ser denominadas: prólogo, corpo e epílogo; começo, meio e fim; introdução, miolo e final; primeira, segunda e terceira parte. O mais importante é compreender que um bom texto depende de uma boa estrutura. Mas, fique tranquilo, mais adiante veremos com mais cuidado cada parte da estrutura.
- Prática: Pesquise uma notícia recente de jornal. Abstraia do texto a ideia principal e a ideia oposta. Reescreva o texto com suas palavras e adicione a conclusão. Máximo de 20 linhas. Seus leitores são estudantes de supletivo para adultos.
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Para lembrar:
- Dialética é um conceito que define a arte do diálogo.
- Para os filósofos marxistas, Dialética é o processo de discussão do real.
- Introdução, desenvolvimento e conclusão são as partes que estruturam um ensaio.
- O raciocínio dialético deve ser aberto para novas ideias, mas possuir valores sólidos para resistir aos questionamentos.
- A estrutura do texto é muito importante. É como a estrutura de um edifício. Imagine o que aconteceria se não existisse?
Ela pode ser explícita, quando o autor se faz presente no texto. Ex.: “O que pretendo com esse trabalho é tecer algumas considerações…”. Utilizam-se as primeiras pessoas do singular (eu) e do plural (nós) do verbo. A delimitação pode estar implícita, quando o autor não se faz presente, mas o leitor pode deduzir que o assunto está sendo delimitado. Ex.: “Esta obra visa ensinar a todos que queiram aprender a redigir corretamente um texto…”.
Delimitado o tema, a introdução deve ser sucinta, apenas citando o argumento inicial. Não deve ultrapassar oito ou dez linhas, ou seja, um quinto do texto. Exceto em um ensaio curto (10, 15 linhas), cuja introdução pode se fundir com o desenvolvimento. Os demais argumentos, os dados, as ideias, o questionamento, entram no desenvolvimento do texto.
Aqui, ocupando três quintos do texto no mínimo, você terá a oportunidade de mostrar toda sua capacidade de argumentação e exposição de ideias. Cuidado para não desviar do tema principal ou colocar opiniões desconexas.
Você deverá pensar o desenvolvimento como uma ponte que levará o leitor da introdução à conclusão. Esta última deve ter um quinto do texto e encerrar a discussão. A não ser quando propositalmente, o autor queira deixar a conclusão para o próprio leitor.
Prática: O planejamento do texto é muito importante para seu sucesso. Não há como começar a escrever, sem ter em mente o tema delimitado, a introdução, o desenvolvimento e principalmente, a conclusão. Escreva um texto de no máximo 30 linhas sobre o tema: “O fim da ditadura e da censura de imprensa no Brasil”. Pesquise, enumere os argumentos e possíveis questionamentos antes de começar. Seus leitores serão jornalistas recém-formados.
Para lembrar:
- A delimitação do texto, seja implícita ou explícita deve ser decisão sua. Mas há situações impessoais que pode parecer presunção usar “eu acho, eu penso”. No vestibular, por exemplo.
- Evite introduzir o texto com expressões muito usadas (lugar-comum), chavões.
- A introdução deve ser um convite ao leitor para continuar lendo o texto.
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