Samuel Alencar

"Se a educação sozinha não transformar a sociedade; tampouco sem ela a sociedade muda."

Notícias do Vasco.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Conheça algumas Dicas e Técnicas essenciais para Redação

 Conheça  algumas Dicas e Técnicas essenciais para Redação!

Ultrapassar a barreira da formação das ideias e o papel em branco não é uma tarefa simples. Portanto, você tem todo direito de ter dificuldades em redigir um bom texto. Porém, o fundamental você já possui: a capacidade de pensar.
Basta agora aliar sua força de vontade à prática de escrever. Vamos começar? Então, pegue o lápis, o papel e… o que foi? Está difícil começar? Vamos pensar um pouco: A característica principal de um texto bem redigido está na qualidade de seu conteúdo.
Para tanto, é imprescindível estar bem informado sobre o tema a ser discutido. A veracidade das informações é de suam importância! Sejam elas históricas, científicas, ou culturais. Isso não significa que você deixe de questionar a respeito, pois um bom texto depende muito do seu teor crítico acerca da realidade. Assim, podemos dizer que:

Ache os cursos e faculdades ideais para você !
É possível apoiar no conhecimento já existente da nossa cultura. ou é possível questionar o conhecimento já existente, desde que conheça bem o tema, e tenha argumentos concretos.
O ideal é nos esforçarmos para escrever nossas próprias ideias, preocupando-nos com o bom senso, mas sem manter uma postura reacionária, acreditando numa verdade absoluta. É imporante ressaltar que não existe um conteúdo neutro: sempre existe um questionamento à se fazer, tanto do leitor quanto de quem redige o texto.
Prática: Antes de começar a escrever, lembre-se que o importante é dialogar com seu leitor. Primeiro, faça a lápis, deixando suas ideias esboçadas no papel, sem se preocupar com a estrutura formal. Só reescreva, quando estiver mais seguro. O tema é: “As dificuldades que tenho para escrever”, seu leitor será um aluno cursando o segundo grau. No máximo 20 linhas.

Para lembrar:

  • Não se critica ou reformula algo que não se conhece bem.
  • Se não houvesse questionamento ainda viveríamos em cavernas.
  • O diálogo (do grego dia=movimento através, logos=palavra) com o leitor é fundamental.
  • É preciso antecipar os questionamentos possíveis do leitor, no sentido de manter um diálogo aprofundado e inteligente.
  • Já para os gregos, a arte do diálogo tinha o sentido de convencer através da palavra.
  • São muitas as ideias que permeiam nosso pensamento. Tudo o que você leu, viu e ouviu fazem parte do seu repertório pessoal. Como vimos anteriormente, há um conhecimento pré-existente acerca dos fatos históricos, culturais e científicos, em nossa cultura ocidental, aceitos como verdadeiros. O tempo todo confrontamos o que já conhecemos com a novidade.
  • Aceitar ou não é uma questão de juízo de valores. Todo juízo de valor implica em outro que o questiona ou contradiz. Esse processo do pensamento em se questionar e contradizer chama-se dialético. É uma oportunidade de observar a realidade sob vários pontos de vista. Há três momentos no processo dialético do pensamento:
    TESE
    ANTÍTESE
    SÍNTESE
    Ideia inicial
    Ideia contrária
    União dos opostos
    A estrutura básica do texto que você escreve corresponde aos três momentos do raciocínio dialético. A princípio, temos a introdução, ou seja, a descrição do tema ou ideia inicial. Em seguida, o desenvolvimento: o questionamento em relação à ideia inicial. Finalmente, a conclusão, ou seja, a união dos argumentos mais contundentes de cada ideia.
  • As três partes que estruturam o texto, que também podem ser denominadas: prólogo, corpo e epílogo; começo, meio e fim; introdução, miolo e final; primeira, segunda e terceira parte. O mais importante é compreender que um bom texto depende de uma boa estrutura. Mas, fique tranquilo, mais adiante veremos com mais cuidado cada parte da estrutura.
  • Prática: Pesquise uma notícia recente de jornal. Abstraia do texto a ideia principal e a ideia oposta. Reescreva o texto com suas palavras e adicione a conclusão. Máximo de 20 linhas. Seus leitores são estudantes de supletivo para adultos.
  • Para lembrar:

  • Dialética é um conceito que define a arte do diálogo.
  • Para os filósofos marxistas, Dialética é o processo de discussão do real.
  • Introdução, desenvolvimento e conclusão são as partes que estruturam um ensaio.
  • O raciocínio dialético deve ser aberto para novas ideias, mas possuir valores sólidos para resistir aos questionamentos.
  • A estrutura do texto é muito importante. É como a estrutura de um edifício. Imagine o que aconteceria se não existisse?
O texto bem redigido certamente faz o seu leitor pensar sobre o assunto. Portanto, clareza e objetividade acerca do tema escolhido são fundamentais. A dificuldade inicial para escrever o texto pode estar justamente na delimitação do tema. Às vezes, o tema escolhido pode ser amplo demais e uma delimitação se faz necessária a fim de evitar divagações. A delimitação da ideia central a ser desenvolvida se encontra geralmente logo na introdução.
Ela pode ser explícita, quando o autor se faz presente no texto. Ex.: “O que pretendo com esse trabalho é tecer algumas considerações…”. Utilizam-se as primeiras pessoas do singular (eu) e do plural (nós) do verbo. A delimitação pode estar implícita, quando o autor não se faz presente, mas o leitor pode deduzir que o assunto está sendo delimitado. Ex.: “Esta obra visa ensinar a todos que queiram aprender a redigir corretamente um texto…”.
Delimitado o tema, a introdução deve ser sucinta, apenas citando o argumento inicial. Não deve ultrapassar oito ou dez linhas, ou seja, um quinto do texto. Exceto em um ensaio curto (10, 15 linhas), cuja introdução pode se fundir com o desenvolvimento. Os demais argumentos, os dados, as ideias, o questionamento, entram no desenvolvimento do texto.
Aqui, ocupando três quintos do texto no mínimo, você terá a oportunidade de mostrar toda sua capacidade de argumentação e exposição de ideias. Cuidado para não desviar do tema principal ou colocar opiniões desconexas.
Você deverá pensar o desenvolvimento como uma ponte que levará o leitor da introdução à conclusão. Esta última deve ter um quinto do texto e encerrar a discussão. A não ser quando propositalmente, o autor queira deixar a conclusão para o próprio leitor.
Prática: O planejamento do texto é muito importante para seu sucesso. Não há como começar a escrever, sem ter em mente o tema delimitado, a introdução, o desenvolvimento e principalmente, a conclusão. Escreva um texto de no máximo 30 linhas sobre o tema: “O fim da ditadura e da censura de imprensa no Brasil”. Pesquise, enumere os argumentos e possíveis questionamentos antes de começar. Seus leitores serão jornalistas recém-formados.

Para lembrar:

  • A delimitação do texto, seja implícita ou explícita deve ser decisão sua. Mas há situações impessoais que pode parecer presunção usar “eu acho, eu penso”. No vestibular, por exemplo.
  • Evite introduzir o texto com expressões muito usadas (lugar-comum), chavões.
  • A introdução deve ser um convite ao leitor para continuar lendo o texto.
Os argumentos do desenvolvimento devem surpreender o leitor. Suas ideias devem ser “saborosas” para atrair sua atenção. Quando a proporção do texto que você escreve não corresponder ao ensinado, você pode estar com problemas em delimitar o tema. Ás vezes, terminamos “enchendo lingüiça” ou o contrário: ficamos sem ter o que dizer.

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11 recursos ocultos e muito úteis das pesquisas no Google


11 recursos ocultos e muito úteis das pesquisas no Google

Posted by sdaalencar on December 7, 2013

Por Bruno Calzavara em 3.10.2013 as 18:00
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O site de pesquisa Google está tão presente em nossas vidas que mal conseguimos imaginar como era a internet sem ele. Segundo estatísticas da própria empresa, aproximadamente 300 milhões de pessoas utilizam a ferramenta diariamente. Em 2012, foram feitas, em média, 5,1 bilhões de buscas por dia. No total, foram surreais 1,87 trilhões de pesquisas realizadas no ano passado.
Apesar de tanta fama, ainda há muito a ser descoberto no Google. Confira 11 truques e ferramentas facilitadoras para a sua próxima consulta ao site:

11. Calculadora

A função de calculadora do Google é muito mais poderosa do que você pode imaginar. Além de resolver contas de matemática básica (como 5+6 ou 3*2), ela é capaz de fazer cálculos logarítmicos, sabe como utilizar constantes (como “e”, o número de euler, e o clássico “pi”) , bem como funções seno e cosseno. O Google também pode traduzir números em código binário – tente digitar “12*3 in binary” (precisa ser em inglês) que você verá o resultado “0b100100″. Clicando em “Mais informações”, o Google Support explica tudo que você gostaria de saber sobre a calculadora.

10. Pesquisa em um site específico

Ao usar a palavra-chave “site:” antes do que você deseja pesquisar, você faz com que o Google só retorne os resultados encontrados neste site específico. Por exemplo, se você procurar por “site: hypescience.com Marte”, você só receberá como resposta notícias sobre o planeta Marte que foram publicadas no site do Hype Science.
  • Facebook lança mecanismo de busca, declarando guerra ao Google

9. Conversões de unidades ou moedas

Esta é bem simples. As conversões de moeda e de unidade são feitas automaticamente pelo Google, basta você digitar o que procura. Você pode, por exemplo, inserir “1 BRL em USD”, “20 C em F” ou “15 polegadas em cm”. Você tem a escolha de escrever as unidades por extenso, como reais e Celsius, ou apenas suas siglas, como BRL e C, uma vez que a ferramenta as reconhece. O resultado da busca é instantâneo, não é preciso entrar em algum site de conversão nem mesmo utilizar a calculadora.

8. Fusos Horários

Outra ferramenta muito simples e prática. Procure por “horario em ” (assim mesmo, sem acento, senão não funciona) e você terá a hora local da cidade ou do país que procurou, bem como descobrirá em qual fuso horário o lugar se localiza. Checar que horas são em Roma nunca foi tão fácil.

7. Pesquisa por um tipo de arquivo específico

Se você sabe que está procurando por um PDF ou um arquivo de Word, você pode pesquisar diretamente por esses tipos específicos de arquivos ao digitar “tipo de arquivo: pdf” ou “tipo de arquivo: doc”. Exemplo: a busca “aquecimento global tipo de arquivo: pdf” só resultará em PDFs sobre o assunto.

6. Exibições de filmes nos cinemas locais

Para pesquisar quais filmes estão sendo exibidos neste momento onde você mora, basta digitar a palavra “filmes”, seguida do nome da sua cidade. Nos Estados Unidos, a ferramenta é ainda mais precisa, uma vez que existe a possibilidade de incluir o seu código postal – nesse caso, o Google já lhe mostra o cinema mais perto do você.
No Brasil, porém, a pesquisa já é bem útil. Como resposta, o site lhe apresenta uma lista dos filmes que estão passando nos cinemas de sua cidade. Ao clicar naquele que deseja assistir, você será redirecionado para uma página contendo todos os locais que exibem o filme escolhido e os horários das próximas sessões.
O nome de cada cinema está lincado a uma página, também do Google, onde você pode conferir todos os filmes atualmente em cartaz lá, além dos horários de suas sessões. Clicando em uma determinada sessão, é possível até mesmo já comprar os ingressos para o filme. Teste com a sua cidade. É de uma praticidade incrível.
  • Novo site de busca desafia o Google, e é muito interessante

5. Previsão do tempo

Outra ferramenta muito útil e que pode nos poupar uns bons minutos. Digite a expressão “tempo em” seguido da cidade da qual você deseja saber a previsão do tempo e o Google lhe trará a temperatura momentânea no local, além da previsão meteorológica para os próximos dias.
O site também inclui no pacote as chances de chuva no momento, o nível de umidade, a velocidade do vento e a previsão da temperatura para as próximas horas. Todas as informações são fornecidas pelo site Canal do Tempo (The Weather Channel). Quer verificar quantos graus faz em Paris neste instante? Fácil.

4. Exclusão de termos da pesquisa

Quando você digita um termo de busca que possui um segundo significado ou uma estreita associação com outra coisa que não te interessa no momento, pode ser difícil encontrar os resultados desejados. Há um jeito de contornar este problema: exclua resultados irrelevantes usando o sinal de menos (“-”).
Se, por acaso, você está procurando por um globo para comprar e quer eliminar as respostas sobre a Rede Globo, é só escrever “globo -rede globo” e uma variedade de globos terrestres à venda aparecem.

3. Índices sociais

Para verificar dados que apontam os indicadores sociais de uma região, como número de habitantes, expectativa de vida ou taxa de desemprego, você também pode confiar diretamente no Google. Na realidade, não é necessário nenhum truque: apenas escreva o indicador que você procura, seguido do lugar (“expectativa de vida na Alemanha”).
O resultado da pesquisa aparecerá em formato de gráfico, comparando o local pesquisado com semelhantes (no caso da Alemanha, surgem também os dados da França e do Reino Unido) ao longo do tempo. Vá deslizando o cursor sobre o gráfico que o Google lhe dará o número exato do índice requisitado em um determinado ano.
Você pode ainda clicar na opção “Explorar mais” no canto inferior esquerdo do gráfico e uma nova página do site se abrirá com todas as possibilidades de pesquisa sobre índices sociais do Google desde a porcentagem de lugares ocupados por mulheres no parlamento nacional até a emissão de CO2 na atmosfera per capita.
  • Google lança site de compras online, o Google Shopping Brasil

2. Definição de palavras

Além de todas as demais utilidades elencadas aqui, o Google também possui a função de dicionário. O site permite que você digite a palavra “define” (inglês para “definir”) e, em seguida, o termo que você gostaria de pesquisar. Portanto, se você ainda está à procura da melhor definição de “amor”, agora sabe que o Google é mais um lugar para se procurar.

1. “Barrel Roll”

E para finalizar a nossa lista, talvez o mais inútil (porém, mais divertido) truque para se fazer com a barra de pesquisas do Google. Basta digitar “do a barrel roll” e acompanhar a mágica acontecendo. Não queremos estragar a surpresa aqui, mas fica o aviso: em excesso, pode causar um pouco de tontura. [The Telegraph]
Autor: Bruno Calzavara Bruno Calzavara é recém-formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e está de volta à equipe do Hype após dois anos. Adora todos os esportes, exceto futebol (confira o blog!). Gosta de chocolate e de sorvete, mas não de sorvete de chocolate.
Fonte: http://hypescience.com/11-recursos-ocultos-das-pesquisas-no-google/



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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Dicionários de português online grátis!

Dicionários de português online grátis

5 dicionários de português online grátis

Vamos então a relação de dicionários online.

1- Michaelis

A elaboração do Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa estendeu-se ao longo de dez anos e contou com a dedicada colaboração de 84 profissionais especializados. Com esta publicação, a Melhoramentos reafirmou sua tradição na edição de dicionários de qualidade, oferecendo ao público uma grande e imprescindível obra de referência que renovou as possibilidades de estudo, conhecimento e uso correto de nossa língua.
Este dicionário, com mais de 200.000 verbetes e subverbetes, foi planejado com extremo rigor lexicográfico, procurando-se registrar o maior número possível de vocábulos, tanto da linguagem escrita quanto da oral. A obra se baseia no banco de dados lexicográficos da Melhoramentos, que foi reestruturado, revisto e ampliado com milhares de novos verbetes elaborados por especialistas em diversas áreas do saber.
Basta clicar na imagem pra acessar o dicionário Michaelis.
dicionarios de portugues online grátis

2- Priberam

O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) é um dicionário de português contemporâneo que contém cerca de 110 000 entradas lexicais, que permite a consulta de definições, com sinónimos e antónimos por acepção . É também possível consultar informação sobre a origem de algumas palavras e a sua pronúncia.
A presente versão do DPLP permite a consulta de acordo com a norma do português europeu ou de acordo com a do português do Brasil, com ou sem as alterações gráficas previstas pelo Acordo Ortográfico de 1990.
Basta clicar na imagem pra acessar o dicionário Priberam.
dicionario priberam

3- Aurélio

O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, popularmente chamado de Dicionário Aurélio ou simplesmente Aurélio, é um glossário do idioma português, editado no Brasil e lançado originalmente em fins de 1975, tendo vendido na primeira edição (versão completa) mais de um milhão de exemplares até 1987, data da segunda edição. A versão original resultou do trabalho de mais de três décadas do lexicógrafo e Imortal Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Basta clicar na imagem pra acessar o dicionário Aurélio.dicionario aurelio4- Léxico
O dicionário Léxico é um Dicionário de Português Online com significados e definições de mais de 300.000 palavras da língua portuguesa.
Basta clicar na imagem pra acessar o dicionário Léxico.
dicionario lexico

5- Aulete

O dicionário Aulete possui mais de 818 mil verbetes, definições e locuções em permanente atualização. Um dicionário de crescimento infinito, sempre em interação com a língua portuguesa.
Basta clicar na imagem pra acessar o dicionário Aulete.
dicionario aulete
Espero que tenha gostado da nossa seleção de 5 dicionários de português online grátis e que eles lhe ajudem a melhorar seu vocabulário e textos.
Não se esqueça de compartilhar com os amigos.
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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Os Tributos na História da Humanidade

Os Tributos na História da Humanidade


 

No início, os homens viviam em tribos, moravam em cavernas e lutavam contra o frio, a fome e os grandes predadores. Viviam se mudando de um lugar para outro em busca dos meios para sua sobrevivência. Eram nômades.  Este período é chamado de pré-história.
 
Com o tempo os homens foram acumulando conhecimentos. Esses conhecimentos possibilitaram ao homem  fabricar suas roupas e objetos para guardar alimentos, cozinhar e caçar. Os homens aprenderam a domesticar os animais, a plantar e a construir suas casas. Assim, deixaram de ser nômades e descobriram as vantagens de manter para si um pedaço de terra.  
Dessa forma, a terra passa a ser um bem de muito valor para o homem e objeto constante de cobiça e disputa, motivando o surgimento de guerras pela conquista de mais e mais terras. Nessa época era comum os homens homenagearem seus Deuses e líderes com presentes a que davam o nome de tributos. 
A conquista de terras favoreceu o surgimento das grandes civilizações como a egípcia, grega e  romana. Este período é chamado de antiguidade e vai da invenção da escrita, ocorrida, aproximadamente em 5000 a.c. até 476 d.c., ano que marcou o fim do império romano. 
Foram séculos de conflitos e guerras entre os povos da terra em busca de mais territórios e poder. Nessa fase da história, os reis passaram a exigir tributo para sustentar seus exércitos, foi então que o tributo deixou de ser presente e passou a ser obrigação. 
Os povos vencedores tinham direito a tudo e os derrotados eram escravizados. Os escravos não possuíam direito algum, nem mesmo à vida . Eram tratados como se não fossem gente. 
Em meio a tantas guerras a Grécia se destacou como uma civilização superior, resistindo fortemente à dominação por outros povos, graças à força de sua cultura. Foi na Grécia que muito antes de Cristo nascer, surgiram  grandes pensadores que procuravam explicar o sentido da vida e a busca de um novo caminho para a humanidade:
·  Sócrates (470 a 399 a.c.) – Acreditava na bondade, no conhecimento, na felicidade e explicava suas idéias para a juventude.
“Conhece-te a ti mesmo”.
·    Platão (427 a 347 a.c.) – Discípulo de Sócrates, imaginou um lugar ideal em que todos pudessem viver com sabedoria e justiça.
“Cada um pode viver bem num lugar bom”.
·        Aristóteles ( 384 a 322 a.c.) – Discípulo de Platão, falava da contemplação e da felicidade a seus alunos em aulas ao ar livre
“O homem bom deve ser bom cidadão”.
Os romanos conseguiram conquistar os Gregos, mas não foram capazes de impor aos Gregos sua cultura. Assim, descobriram que poderiam dominar outros povos sem  impor a eles suas crenças e costumes. Dessa forma, os  romanos  conseguiram sustentar e alargar seu império respeitando a liberdade e cultura dos conquistados, mas  utilizando a cobrança de  tributos como meio de fortalecer seus exércitos e conquistar mais terras. 
A queda do império romano marcou o início da idade média, período da história que vai do ano 476 a 1453. O grande império foi dividido em vários pedaços de terra chamados de feudos. Perdeu-se completamente a noção de Estado na Europa medieval. Cada feudo possuía um senhor. Eram os chamados senhores feudais, os nobres. 
Nessa época, a maioria das pessoas vivia nos campos. Os camponeses, então chamados de servos, eram obrigados a pagar tributos aos senhores feudais. Como não havia Estado, a circulação de moedas era escassa. Desse modo, os servos geralmente pagavam os tributos devidos ao senhor entregando-lhes a melhor parte de suas colheitas. 
O que restava era suficiente apenas para a sobrevivência do camponês e de sua família. A vida nos campos era difícil e trabalhosa, o servo estava preso à terra do senhor, sua liberdade era muito restrita. Nesse período os senhores de terra possuíam ainda direito de vida e de morte sobre os seus vassalos. Quem não pagasse o tributo devido podia ser preso ou morto.  A vida das pessoas estava voltada para atender às vontades e às necessidades dos senhores feudais. O povo vivia miseravelmente. 
A religião católica era muito forte e os senhores feudais, convencidos pela igreja, começaram a participar das cruzadas, as chamadas guerras santas, que tinham por objetivo reconquistar a palestina, lugar sagrado para os cristãos, porque lá nasceu e viveu Jesus Cristo. Para recuperar os territórios da terra santa,  gastavam cada vez mais e cobravam cada vez mais tributos. O povo já estava cansado, pois nada era feito em favor dele. 
Na Inglaterra um rei chamado Ricardo Coração De Leão, deixou seu povo sendo governado por um parente chamado João Sem Terra, para comandar seus exércitos nas cruzadas. 
Enquanto Ricardo viajava em guerra, João Sem Terra aproveitou para formar seu próprio exército e com isso cobrava duas vezes mais tributos. Uma parte do dinheiro ia para sustentar as cruzadas e outra para sustentar o novo exército de João Sem Terra, que pretendia não devolver o trono a RICARDO. Para o povo nada.
O povo se revoltou contra tanto abuso e surgiu a lenda de Hobin Hood, um herói que roubava dos ricos para dar aos pobres, distribuindo o dinheiro que a nobreza acumulava em seus cofres.
Quando Ricardo Coração de Leão voltou das cruzadas lutou contra João Sem Terra para recuperar seu trono. O povo já tão cansado de ser explorado exigiu que o novo rei assinasse um documento que o protegesse contra tanto abuso: a MAGNA CARTA. Esse documento tem uma grande importância histórica, por ser a primeira limitação legal ao poder dos reis de cobrar tributos. 
O fim das cruzadas marcou também o enfraquecimento crescente do poder dos senhores feudais. Exércitos inteiros foram destruídos e muitos dos senhores de terra morreram nas guerras santas.  Os camponeses, então, foram se libertando aos poucos do poder feudal. Cansados da vida de exploração e penúria, grande número de camponeses migrou para as cidades. 
No final da idade média, as cidades estavam reflorescendo em toda a Europa. O contato com a cultura oriental trouxe para os europeus novos hábitos de consumo. Os produtos orientais – as especiarias – eram muito valiosos. Surgiu uma nova classe social: a dos comerciantes, industriais e banqueiros – chamada de burguesia – palavra derivada de burgo, que significa cidade. O comércio cresceu e se diversificou. Esse movimento atraiu cada vez mais pessoas para as cidades. Mas não era fácil adquirir especiarias, porque a rota do oriente era dominada pelos árabes, inimigos mortais dos europeus desde a época das cruzadas.
As cidades Italianas foram as que mais se beneficiaram do comércio das especiarias, principalmente Gênova e Veneza por causa de sua localização geográfica privilegiada. Os hábeis comerciantes italianos conseguiram manter acordos comerciais com os árabes, que lhes permitiram praticamente monopolizar o comércio com o oriente. Isso gerou um grande progresso material para toda a região, criando condições para o surgimento de uma nova era da história da humanidade: o renascimento. O renascimento marca o ocaso da idade média.
O período seguinte é chamado de Idade Moderna e vai do ano 1453 (tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos) a 1789 (Revolução Francesa). Neste período os feudos foram transformados em reinados. Os pequenos reinados foram crescendo e se unindo dando origem aos Estados Nacionais. 
O monopólio árabe-italiano sobre o comércio com o oriente, fazia com que o preço das especiarias permanecesse muito elevado. Para o restante da Europa, era necessário conseguir uma nova rota comercial com o oriente, que possibilitasse baratear o custo daqueles produtos tão cobiçados. Para isso, não havia outro caminho senão navegar pelo tenebroso e desconhecido oceano atlântico. Navegação tão perigosa, exigia a construção de verdadeiras esquadras de caravelas, o que era muito caro. Só o rei, já então fortalecido pela criação dos Estados Nacionais que lhe possibilitava cobrar tributos de seus súditos, podia reunir tamanha fortuna em moedas de ouro e prata que permitisse financiar as grandes viagens. Assim, nessa época se generalizou a cobrança de tributos em moeda e não mais em mercadorias como ocorrera ao longo de toda a idade média. 
Devido à sua posição geográfica privilegiada e ao notável desenvolvimento da navegação,  Portugal e Espanha foram os primeiros reinos a lançar grandes expedições marítimas. Descobriram as rotas para a África e Ásia e chegaram às Américas, então densamente habitadas por povos de culturas completamente diferentes da européia. Este fato histórico é tão importante para o destino da humanidade que hoje é conhecido como o “encontro de dois mundos”. 
A descoberta de metais preciosos nas Américas mudou totalmente a face da Europa, financiou a revolução industrial e proporcionou a ascensão da burguesia como classe social rica e influente. Enquanto isso, as colônias, como o Brasil, eram exploradas e tinham suas riquezas extraídas e mandadas para a Europa sem gerar qualquer benefício para os habitantes das próprias colônias.  
Mas a insatisfação não tomava conta apenas dos habitantes das colônias. Na França, por exemplo, os burgueses, camponeses e artesãos se revoltaram contra o rei, por acharem injusto que só os comerciantes, industrias e  trabalhadores tivessem a obrigação de pagar pesados impostos, enquanto a nobreza e o clero nada pagavam e viviam como marajás. 
Nesse período, precisamente em 1789 eclode a Revolução Francesa, marco inicial da Idade Contemporânea. A Revolução teve como objetivo instaurar a república. Seu lema é Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Neste ano foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que é um marco na história do ser humano, porque foi o primeiro documento que definiu claramente os direitos fundamentais e inalienáveis da pessoa humana. Em 1791 foi aprovada a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã.
Ainda nessa época, os Estados Unidos se tornaram independentes da Inglaterra. Um das principais causas da guerra de independência americana foram os pesados impostos que a coroa britânica cobrava de suas colônias na América. 
Esses movimentos de libertação inspiraram várias revoltas importantes ocorridas no Brasil nos fins do século XVIII e início do século XIX. Tais movimentos tinham por objetivo declarar nossa independência de Portugal e criar a República. Dentre essas revoltas, a principal foi a Conjuração Mineira, mais conhecida como Inconfidência Mineira. Uma das principais causas da conjuração mineira foi exatamente a cobrança do chamado quinto do ouro, ou seja, a quinta parte de todo o ouro extraído nos garimpos, que deveria ser pago à coroa portuguesa como tributo.  
No final do século XVIII as minas de ouro começaram a se exaurir e a produção caiu muito. Mas o governo português, endividado,  não admitia receber menos. Desconfiava que a produção do ouro que chegava às casas de fundição estava caindo porque havia muita sonegação. Por isso, a rainha de Portugal, conhecida como D. Maria, a Louca, determinou que se a produção anual de ouro que cabia à coroa não fosse atingida, a diferença seria cobrada de um vez por meio da derrama. A proximidade do dia da derrama aterrorizava o povo de Vila Rica. Tiradentes e os demais inconfidentes perceberam que esse seria o dia certo para anunciarem o movimento, pois contavam com o apoio e a participação da população de Vila Rica, revoltada com a derrama. No entanto, antes que isso acontecesse, foram delatados por Joaquim Silvério dos Reis. A derrama foi suspensa. Apesar de derrotado, o movimento mineiro inspirou, anos mais tarde, a independência do Brasil.
Hoje em dia, nossa Constituição, como a de todos os países democráticos,  garante os direitos dos contribuintes, impondo  limites ao poder do Estado de tributar. 
Por outro lado, o tributo tem hoje um grande significado social, por ser o maior responsável pelo financiamento dos programas e ações do governo nas áreas da saúde, previdência, educação, moradia, saneamento, meio ambiente, energia e transporte, dentre outras. No entanto, é preciso zelar sempre para que os princípios constitucionais sejam observados e que os recursos arrecadados possam ser aplicados em obras e serviços que atendam às necessidades da população, principalmente a parcela mais pobre.   
FONTE: 
 http://leaozinho.receita.fazenda.gov.br/biblioteca
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domingo, 17 de novembro de 2013

Revolta do Vintém, o passe livre do século 19


Aventuras na História

Aventuras na História

Revolta do Vintém, o passe livre do século 19

Como foi a Revolta do Vintém, os protestos da população carioca contra o aumento do preço dos bondes que chacoalhou a monarquia

Texto Marcus Lopes | Ilustrações Pedro Hamdan | 02/08/2013 16h58
Não é de hoje que aumentos das tarifas de transporte público tornam-se estopim para manifestações e revoltas populares no Brasil. Em 1880, a cobrança de uma taxa na passagem de bonde transformou a capital do Império, o Rio de Janeiro, em praça de guerra - e contribuiu para desestabilizar a monarquia brasileira, que cairia nove anos depois. O movimento, considerado o primeiro grande distúrbio urbano no país pela melhoria dos serviços públicos, ficou conhecido como Revolta do Vintém. Pelo menos três pessoas morreram e centenas ficaram feridas durante os dias em que a confusão tomou conta das ruas do Rio. Um vintém equivale a menos de 20 centavos em dinheiro de hoje, mas o cálculo é uma aproximação.
- Conheça a história da rodovia Transamazônica
- A história dos transportes sobre rodas
A revolta começou em 13 de dezembro de 1879, quando a Coroa anunciou um imposto de 20 réis - equivalente a um vintém - sobre as tarifas de bondes puxados a burro, um dos principais meios de transporte da população na época. O tributo, chamado de "imposto do vintém" seria cobrado diretamente nas passagens a partir de 1º de janeiro de 1880 e foi instituído pelo governo como forma de diminuir o déficit público. Na prática, era um aumento no preço da passagem, e considerável: da ordem de 20%.


Não tardou para que a medida ganhasse as páginas dos jornais e a reação negativa da população. A principal crítica era que o novo imposto atingiria da mesma maneira os ricos e os pobres, já que o bonde era praticamente o único meio de deslocar-se por grandes distâncias na cidade. A primeira manifestação ocorreu no dia 28 de dezembro. Foi um ato pacífico que reuniu 5 mil pessoas (a população do Rio era de 1,1 milhão de habitantes) no Campo de São Cristóvão para ouvir o discurso do abolicionista e republicano José Lopes Trovão. Dono do jornal Gazeta da Noite, Trovão tornou-se um dos principais líderes do movimento. Dali, a multidão seguiu em passeata até o Palácio da Boa Vista, onde estava o imperador dom Pedro II.
Um mensageiro da Coroa trouxe a informação de que o monarca, mesmo a contragosto, aceitaria receber uma comissão de manifestantes para discutir a taxa, mas o recado foi ignorado. Os republicanos procuravam tirar o máximo de proveito político da situação. Mesmo assim, o dia terminou sem incidentes e a multidão se dispersou em paz.

Nos dias seguintes, a imprensa conservadora criticou o fato de os manifestantes não terem aberto o diálogo com dom Pedro II. No dia em que o imposto começaria a ser cobrado, uma grande manifestação foi organizada no Largo do Paço. Trovão fez um breve discurso pedindo que a população resistisse pacificamente à cobrança do imposto, mas não foi ouvido. Grupos de manifestantes começaram a seguir pelas ruas da Carioca, Uruguaiana, Visconde do Rio Branco e Largo São Francisco, ponto de partida e chegada da maioria das linhas.

Ali, começou o confronto. Para protestar contra a cobrança do vintém adicional, os manifestantes tomavam os bondes, espancavam os condutores, esfaqueavam os animais utilizados como tração, despedaçavam os carros, retiravam os trilhos e, com eles, arrancavam as calçadas. Os focos de tumulto pipocaram em vários pontos do centro do Rio de Janeiro, com barricadas e depredação. Manifestantes entraram em conflito com a polícia, que respondeu à bala, matando três pessoas.

A confusão continuou no dia seguinte. Trilhos de bonde continuaram a ser arrancados das ruas e as chaves dos veículos, roubadas. Das janelas, garrafas e pedras eram atiradas em direção aos veículos. No decorrer do dia, várias pessoas foram presas e a polícia solicitou reforço ao Exército, que passou a controlar a situação reprimindo os focos com golpes de cassetete - ou tiros. No dia 3 de janeiro, a situação estava um pouco mais calma, resumindo-se a alguns focos de tumulto na Rua do Ouvidor, rapidamente sufocados pelas tropas do Exército.

A situação só foi totalmente controlada no final do dia 4, quando alguns manifestantes tentaram impedir a circulação de bondes na Rua Sete de Setembro, sem sucesso. Por causa da pressão popular, o imposto acabou sendo revogado em setembro de 1880. Mas os danos foram além de manifestantes mortos e dos bondes destruídos. Diante do desgaste político, todos os integrantes do Ministério da Fazenda foram substituí-dos por ordem do imperador.
Não se sabe ao certo o número de feridos durante as manifestações e tampouco se os mortos foram apenas os três registrados no primeiro dia do confronto. O que se sabe é que o Rio de Janeiro viveu dias de grande tumulto, com saques de lojas, roubos e população em pânico. O episódio foi resgatado na minissérie Chiquinha Gonzaga, exibida pela Rede Globo em 1999 e que retratou a vida da compositora do século 19. Na trama, a protagonista, na pele da atriz Regina Duarte, se vê em meios às manifestações contra a taxa.

"A Revolta do Vintém representou uma mudança na forma de atuação política, até então concebida apenas como a atividade institucional e parlamentar, com um sistema eleitoral marcado pelo voto indireto e censitário", afirma o historiador Claudio H. M. Batalha, do departamento de História da Universidade Estadual de Campinas e coordenador do Dicionário do Movimento Operário: Rio de Janeiro do Século XIX aos anos 1920. "A política deixou de ser restrita ao Parlamento e passou a ser feita também nas ruas, por meio de panfletos, comícios e manifestações." Batalha lembra que a revolta teria efeitos de longo prazo, ao ampliar as campanhas abolicionista e republicana com gente na rua.

É muito difícil - tirando o foco de que a razão que deu início ao protesto foi o aumento no preço do transporte urbano - traçar paralelos entre o que aconteceu na década final do império e as manifestações que começaram a ocupar as ruas das principais cidades brasileiras em junho.

"Ambos tiveram como estopim o aumento do custo das passagens do transporte público, depararam-se com reações violentas da polícia e a questão inicial dos transportes apontou para outros problemas enfrentados pela população", afirma Batalha. "Mas na Revolta do Vintém as lideranças políticas tiveram papel essencial, enquanto que o processo recente é muito mais horizontalizado", diz o historiador. Para Batalha, assim como a Revolta do Vintém mudou a percepção da política, dos gabinetes para as ruas, no final do império, muita gente acredita que algo similar ocorrerá a médio prazo no processo que o país vivenciou a partir do meio do ano. Mas isso é pauta para as futuras edições de AVENTURAS NA HISTÓRIA.

Tostões da discórdia


Aumentos de tarifa têm potencial explosivo

A briga por redução de tarifas sempre esteve na pauta de movimentos estudantis e populares do Brasil. Em maio de 1956, a União Nacional dos Estudantes (UNE) promoveu manifestações nas ruas do Rio de Janeiro pela redução das tarifas de bonde. O confronto mais grave ocorreu no dia 31 de maio, quando houve uma briga entre estudantes e polícia em frente ao prédio da UNE, na praia do Flamengo.
 Após o conflito, que rendeu inúmeros discursos na Câmara dos Deputados, o presidente Juscelino Kubitschek resolveu intervir pessoalmente. Chamou o presidente da UNE, Carlos Veloso de Oliveira, para negociar. Bem ao seu estilo, JK pediu para o líder sentar em sua mesa, no Catete, para que sentisse o peso da responsabilidade e a gravidade da situação. Por fim, o presidente, conhecido pelo seu instinto afiado, lançou um convite: "Carlos, me ajude a salvar o regime". O movimento acabou ali mesmo.

Dois anos depois, em 1958, foi a vez de São Paulo. Quatro manifestantes morreram e dezenas ficaram feridos, no final de novembro, após os protestos contra o aumento das passagens de ônibus e bonde. O reajuste foi concedido na calada da noite e os paulistanos só ficaram sabendo do novo preço na manhã do dia 30, ao ver o valor majorado afixado no para-brisa dos veículos.

Durante a manhã, as manifestações foram pacíficas e até bem-humoradas. Um grupo de estudantes do Mackenzie jogou xadrez sobre o trilho de uma linha de bonde para impedir a passagem do veículo. Ao cair da tarde, porém, diversos piquetes foram realizados no centro da cidade. Ônibus foram depredados, vidraças, quebradas e o comércio baixou as portas. Fiscais da Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC) orientavam os motoristas a recolher bondes e ônibus. Para conter a multidão impaciente pela falta de transporte e os manifestantes que atiravam paus e pedras nos veículos, integrantes da Força Pública começaram a atirar para o alto.

"As cidades estavam crescendo depressa naquela época, inclusive com a chegada de muitos migrantes, mas não ofereciam infraestrutura urbana adequada", afirma o historiador Marco Antonio Villa, do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), para explicar as manifestações no Rio e em São Paulo. Pelo visto, a infraestrutura continua ruim.

Saiba mais

LIVRO


As Barbas do Imperador, Lilia Moritz Schwarcz, Companhia das Letras, 1998
Fonte: guiadoestudante.abril.com.br
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Graf Spee, o navio fantasma da marinha de Hitler

O Graf Spee navegou por dois oceanos antes de encontrar seu fim no Rio da Prata

10/05/2013 17h41
Texto José Francisco Botelho, de Porto Alegre | Reportagem Ricardo Lacerda e José Francisco Botelho
A 7 km da costa do Uruguai, no Rio da Prata, jaz o esqueleto do encouraçado Graf Spee - um dos orgulhos da marinha de Hitler, afundado não por torpedos inimigos, mas por ordem de seu capitão. Antes de encontrar seu destino nas profundezas, a embarcação protagonizou a última batalha naval à moda antiga da história: um duelo entre navios, baseado na habilidade e astúcia de seus comandantes, sem o uso de força aérea, submarinos ou radares. Isso aconteceu nos últimos meses de 1939. A Batalha do Rio da Prata foi o único combate da Segunda Guerra na América do Sul. A odisseia do Graf Spee encerrou uma era na história das guerras marítimas - meses mais tarde, novas tecnologias revolucionariam as batalhas navais, pondo fim aos duelos entre marujos.

O protagonista dessa história era um sujeito que parece saído das páginas de um romance de aventuras: o capitão Hans Langsdorff. Ele conduziu o Graf Spee em uma jornada secreta por dois oceanos. Descrito até por seus inimigos como um cavalheiro, era bem diferente da ideia que se tem de um oficial nazista: em vez de trucidar prisioneiros, preferia lhes oferecer charutos, bebidas e banhos de sol. Antes de afundar um navio, Langsdorff preferia apertar a mão do capitão adversário - e pedir desculpas, com a mais extrema e meticulosa cortesia. Seu navio foi ao mar dias antes do início da Segunda Guerra. Em 20 de agosto, o Graf Spee partiu de Wilhelmshaven, na Alemanha, com 1,2 mil homens, encarregado de uma missão secreta. O objetivo era estrangular as linhas de comércio da Inglaterra no Atlântico Sul. Para isso, devia afundar navios mercantes nos mares do Brasil, Uruguai e Argentina -evitando entrar em conflito com armadas inimigas. Ou seja: devia agir como um navio fantasma, aparecendo do nada e sumindo com idêntica rapidez - para ressurgir a várias milhas de distância.






Foto: Wikimedia Commons

O Graf Spee foi considerado o navio ideal para a tarefa. Segundo a propaganda alemã, era "mais forte que o mais veloz, mais veloz que o mais forte". O Bismarck, maior navio da armada de Hitler, tinha 250 m de comprimento. Com 185 m, o Graf Spee era o mais avançado e bem-equipado dos "encouraçados de bolso" (o apelido era referência a seu tamanho e agilidade). "Um navio assim podia alcançar uma velocidade de 28 nós (55 km/h), enquanto outros encouraçados não passavam dos 23 nós", escreveu o historiador uruguaio Federico Leicht em Graf Spee: de Wilhelmshaven al Río de la Plata (sem tradução). "Os encouraçados de bolso foram os primeiros a usar diesel como combustível e navegavam mais de 8 mil milhas marítimas sem abastecer - três vezes mais do que um encouraçado comum."

O maior trunfo, porém, eram as táticas de pirataria de seu capitão. Carregado com latas de tinta, para pintar e repintar o casco, o navio trocava de cor ou de nome - em alto-mar. As torres com canhões eram cobertas por lonas - e Langsdorff mandou instalar, nos mastros, sinalizadores utilizados por navios mercantes. Isso permitia que o Graf Spee se aproximasse dos inimigos quase incógnito - mostrando as garras quando a armadilha já estava fechada.

Nas sombras, o navio fantasma alemão navegou do mar do Norte ao sul do Atlântico - até fazer sua primeira vítima um mês após o início da viagem, a pouco mais de 50 milhas do litoral de Pernambuco. Em 31 de setembro, o navio brasileiro Itatinga encontrou botes lotados de marinheiros ingleses - tripulantes do Clement, que viajava entre Nova York e Rio de Janeiro e fora afundado na véspera pelos alemães. Sem desfraldar a bandeira nazista, pintado de verde-escuro, ele se passara por navio mercante até o último segundo. Durante os três meses seguintes, sob camuflagens variadas, voltaria a aparecer e sumir diversas vezes no sul do Atlântico: afundou mais oito barcos mercantes sem matar um único Ao serem resgatados, os ingleses relataram o método cavalheiresco utilizado por Langsdorff. Com seus canhões apontados para o Clement, o capitão enviou um bote para trazer o comandante inglês a bordo do Graf Spee. O britânico foi recebido com um caloroso aperto de mãos. "Peço que me desculpe", disse-lhe Langsdorff, em inglês impecável. "Sinto muito, realmente, mas vou ter de afundar o seu navio".

Nascido em 1894, em Düsseldorf, Langsdorff havia servido como tenente na armada imperial do kaiser Guilherme II. Na Primeira Guerra, foi condecorado com a Cruz de Ferro. "De todas as forças armadas alemãs, a marinha era a mais tradicional e possuía, em enormes quantidades, oficiais que não eram ligados ao nazismo. Langsdorff não era filiado ao partido", diz o historiador militar Carlos Roberto Daróz, da Universidade do Sul de Santa Catarina. A bordo do Graf Spee, os prisioneiros ficavam soltos - desde que jurassem não tentar escapar nem sabotar os equipamentos. E costumavam ser desembarcados em segurança em algum porto neutro.


Ilustração: Marcos Rufino

Entre setembro e dezembro de 1939, o Alto Comando britânico empreendeu uma caça desesperada à embarcação alemã. Três encouraçados e 14 cruzadores foram enviados ao sul do Atlântico, em grupos separados, em busca do Graf Spee. Por três meses, o Graf Spee despistou os perseguidores, mas no dia 13 de dezembro, a 500 km da cidade uruguaia de Punta del Este, na boca do Rio da Prata, foi encurralado. Por volta das 6 horas, três cruzadores o cercaram. O navio foi alvejado 19 vezes e Langsdorff sofreu uma concussão craniana, ao ser atingido por estilhaços. Apesar dos danos, o capitão conseguiu conduzi-lo para dentro do Rio da Prata - e rumou para Montevidéu.

O Uruguai era uma nação neutra, mas seu governo não simpatizava com o Terceiro Reich. Quando o navio ancorou, milhares de pessoas acorreram às avenidas à beira-rio para avistá-lo - o Graf Spee ainda tinha munição suficiente para bombardear Montevidéu. Apesar do receio, o governo do Uruguai anunciou que concederia apenas 72 horas para que os alemães consertassem os danos no casco e enterrassem os 37 mortos na batalha contra os ingleses. Depois disso, o barco teria de zarpar. Circulavam boatos de que a Inglaterra enviara uma grande frota para vigiar a foz do Prata. Para Langsdorff, o estuário havia se transformado em um beco sem saída.

Langsdorff, além de ferido, estava exausto. Havia indícios de que começava a se desiludir com Hitler: no funeral dos marinheiros, foi a única autoridade que não fez a saudação nazista. No dia 18 de dezembro, o navio zarpou pela última vez. A 7 km da costa, o capitão ordenou que a tripulação abandonasse a embarcação. Depois, instalou cargas explosivas. Faltavam 10 minutos para as 21 horas quando uma labareda gigantesca lançou uma coluna de fumaça negra para o céu. Mais três explosões se seguiram. Em Montevidéu, jornalistas começaram a tagarelar afoitos para suas respectivas estações de rádio, enquanto o Graf Spee, destroçado por seu próprio capitão, desaparecia sob as águas do Prata.



Foto: Wikimedia Commons

Após esse desfecho digno de uma ópera de Wagner, a tripulação alemã buscou refúgio em Buenos Aires - alguns voltaram à Europa para continuar a guerra. Dois dias após afundar o Graf Spee, Langsdorff vestiu o uniforme e deitou em sua cama, no City Hotel, em Buenos Aires. Enrolou-se em uma bandeira - não a suástica nazista, mas a cruz negra, insígnia da antiga Frota de Alto-Mar da Alemanha Imperial. Então, deu um tiro na cabeça com sua pistola Mauser 7.65.

Saiba mais

Livro


The Battle of the River Plate: the Hunt for the German Pocket Battleship Graf Spee, Dudley Pope, McBooks Press, 2005
Fonte: guiadoestudante,abril.com.br


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sábado, 16 de novembro de 2013

Brigas entre famílias no Brasil Colônia duram até hoje!

Brigas entre famílias no Brasil Colônia duram até hoje

Disputas por poder e terras, rivalidades cultivadas de geração em geração. Brigas mortais entre famílias marcaram o Brasil Colônia, mas algumas pendengas sobrevivem até hoje

Moacir Assunção | 08/03/2012 12h28
Ilustrações Elly Walton
Largo da Matriz, São Paulo de Piratininga. Naquela manhã de fins de agosto de 1640, gritos e impropérios trocados entre dois homens poderosos, Pedro Taques e Fernando de Camargo, o Tigre, tomam o centro da vila, transformada rapidamente em um campo de batalha. Parentes, agregados e índios - escravos das famílias Pires, à qual Taques era ligado, e Camargo - juntam-se à contenda e enfrentam-se armados de espadas, lanças e adagas. A pancadaria invade becos e largos vizinhos num torvelinho de sangue. "De repente era Romeu e Julieta, Ato I, Cena I", afirma Roberto Pompeu de Toledo em A Capital da Solidão - Uma História de São Paulo das Origens a 1900.

Há vários mortos e feridos, mas os brigões originais escapam ilesos. Ambos representam os mais importantes clãs da região, chefes políticos e militares, donos de enormes fazendas de trigo na serra da Cantareira. A rivalidade na disputa pelo comando da Câmara era a razão primeira do conflito. Um ano depois, distraído, conversando com um amigo ao lado da mesma igreja, Taques foi morto pelo Tigre com um golpe de adaga nas costas.

A contenda entre os Pires e os Camargos se arrastaria por duas décadas. E é só a primeira de sucessivas lutas sangrentas entre famílias na história do Brasil. Principalmente no período colonial, por causa da distância da metrópole portuguesa e da influência limitada de seus representantes, em muitos casos cabia aos "sobrenomes" aplicar alguma forma de justiça. Segundo o sociólogo Luiz da Costa Pinto, autor de Lutas de Famílias no Brasil, a coroa tinha sérias dificuldades para impor sua vontade no vasto território brasileiro. Especialmente no sertão, a vingança privada se sobrepunha com sobras à atuação da administração colonial, concentrada nas capitais e cidades litorâneas.

Havia uma hipertrofia de clãs ligados por laços de sangue. Os mais poderosos montavam verdadeiros exércitos particulares de escravos negros e índios, muito bem equipados e armados, para fazer valer seus interesses uns sobre os outros.
 Lavando a honra

Perto de 1650, outro episódio levou a rixa entre os Pires e os Camargos ao ápice. (Dizem que o ódio dos últimos era tanto que nas suas casas os adereços de louça usados sob as xícaras de café foram abolidos). No início das festas de entrudo (o avô do Carnaval), o jovem Alberto Pires brincava com sua mulher, Leonor de Camargo Cabral, quando, sem querer, matou-a com uma pancada na testa. Para encobrir o crime, convidou o cunhado, Antônio Pedroso de Barros, bandeirante casado com sua irmã, para visitá-lo e partilhar a diversão. Quando apontou na entrada da fazenda, Antônio foi morto numa tocaia, a disparos de bacamarte, e seu corpo arrastado para o lugar onde estava o de Leonor. Alberto, então, chamou os familiares e mostrou os dois cadáveres, dizendo que os flagrou em adultério e matou para limpar a honra. Os Pires até aplaudiram o feito. O assassino era filho de Inês Monteiro de Alvarenga, a Matrona, e Leonor, sobrinha do Tigre. Os Camargos, irredutíveis e dispostos a vingar a morta, sitiaram a fazenda de Inês em Juqueri, aliados aos Barros. Queriam sangrar Alberto "ou pelos fios do ferro das espadas ou pelas bocas das espingardas", no relato do cronista do século 18 Pedro Taques de Almeida Pais Leme, descendente do homônimo citado alguns parágrafos antes.

A viúva Matrona apareceu na porta empunhando um enorme crucifixo de ferro e pediu, em lágrimas, que seu filho fosse poupado. Os membros do cerco acabaram aquiescendo e somente prenderam Alberto para que o Tribunal da Relação, em Salvador, o julgasse. Acompanhado por alguns inimigos, o assassino foi levado a Santos, de onde partiria de barco para a Bahia. Nesse ínterim, sua mãe, a cavalo, juntamente com a milícia particular, se preparava para, quem sabe, resgatá-lo em Parati, onde a barcaça pararia antes de seguir viagem. Ao ter notícia da chegada da mulher, os Camargos enforcaram o assassino e o jogaram ao mar.

A partir daí, era a guerra. A capitania de São Paulo dividiu-se em duas tal o poder dos rivais. Só em 1660 o representante d’el Rei, o ouvidor Pedro de Mustre Portugal, conseguiu fazer os líderes Fernão Dias Pais, o caçador de esmeraldas, e José Ortiz de Camargo assinarem um acordo efetivo de paz. Nele estava expresso que os clãs, esgotados pela batalha, repartiriam igualmente os cargos na Câmara e o controle da vila. Um grupo de Camargos já havia se deslocado para a vizinha Santana de Parnaíba e para Taubaté na tentativa de se afastar da polêmica.

Nordeste
As guerras de famílias, marcas distintivas de sociedades rurais, são tão velhas quanto a Humanidade. No sul brasileiro, os estudiosos deram às disputas o nome de vendeta, numa referência aos episódios da tradição europeia, ocorridos principalmente na Itália, Córsega e Espanha. No Nordeste, chamam-se questão ou guerras de parentelas e se faziam em brigas por terras, aguadas (cursos de água), poder político ou em razão de desfeitas de um líder a outro. "Nessas regiões, o Estado não estava presente. São áreas distantes, de difícil acesso. O poder estatal (colonial, imperial ou republicano) só aparece em momentos de crise. O poder central e suas instituições são vistos como algo externo àquelas comunidades", afirma o historiador Marco Antonio Villa, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).

No século 18, entre muitas ocorrências, estranharam-se Montes e Feitosas, do sertão dos Inhamuns, no Ceará. O líder dos primeiros era o capitão-mor Geraldo de Monte Silva, de Penedo (AL), que arrebanhou, a troco de presentes, um grande número de tribos a seu serviço. Entre os adversários, o pernambucano Lourenço Alves Feitosa dava as ordens. Ligados por laços de casamento, os clãs logo se desentenderam numa disputa de terras e "por razões de negócio de honra de família", escreveu o sociólogo Costa Pinto. Francisco Feitosa firmou aliança, então, com os índios jucás. Os índios inhamuns, por sua vez, integravam a vasta clientela dos Montes e, ao lado deles, lutaram com grande valentia.

A disputa perdurou por quase todo o século. De tão renhida, mudou até o nome de acidentes geográficos da região. Um atentado contra o ouvidor José Mendes Machado, que deu a vitória final na Justiça aos Feitosas, fez com que o lugar do ocorrido ficasse conhecido como Emboscada - até hoje. Não foi o único. Também há registros de paragens com os curiosos nomes de Riacho de Sangue, Riacho do Juiz (onde foi atacado pelos Montes outro magistrado tido como parcial aos Feitosas) e o sítio das Tropas, entre outros. Em uma das batalhas mais violentas, na fazenda das Cabaças, no Piauí, nove integrantes da família Monte foram mortos de uma só vez.

Pernambuco é, talvez, o estado onde mais houve lutas de famílias. E a mais famosa só terminou recentemente, em 1981, e opôs os Alencares aos Sampaios e Saraivas, em Exu, na fronteira entre o Ceará e o Piauí. Iniciada em 1949, quando José Aires de Alencar, o Zito, matou Romão Sampaio Filho, o coronel Romãozinho, depois de uma discussão banal, a contenda entre os ricos grupos levou a 33 mortes de ambos os lados. Houve vítimas no Recife e no Rio de Janeiro, numa demonstração de que a rixa não tinha fronteiras. A pedido do rei do baião Luiz Gonzaga, parente distante dos Alencares, o então vice-presidente da República, Aureliano Chaves, acionou o governador, Marco Maciel, que mandou desarmar os representantes de cada lado uma semana depois do apelo.

Em Recife, ainda sem saber de nada, Gonzagão foi desaconselhado por um amigo a viajar para Exu: "Não vai não, que os caras lá tão querendo te capar". As tropas estaduais haviam acabado de invadir as fazendas para recolher armas. O sanfoneiro deplorou a guerra na música Rio Brígida. Antes da intervenção estadual, um acordo entre as famílias, patrocinado pelo arcebispo primaz do Brasil, dom Avelar Brandão Vilela, havia suspendido as hostilidades só por dois meses. Outra tentativa, feita pelo Exército, também tinha fracassado. Em 1990, o prefeito José Peixoto de Alencar foi o primeiro a terminar o mandato na cidade sem registro de mortes.

Cerca de um século antes, desde 1894 até 1923, enfrentaram-se os Pereiras e os Carvalhos na terra natal de Lampião, Serra Talhada. Os primeiros descendiam de Andrelino Pereira, o barão de Pajeú, enquanto os demais eram prósperos comerciantes e fazendeiros. "Em geral, as lutas terminam pela exaustão econômica de um dos contendores ou por mudança no zoneamento. Na guerra entre os Pereiras e os Carvalhos, por exemplo, os Pereiras acabaram se fixando no campo, enquanto os Carvalhos se tornaram mais urbanos e mercantis, passando a viver na cidade", diz o historiador Frederico PernaDesde criança
Entrevistado pelo pesquisador Leonardo Mota na Penitenciária de Fortaleza, um Pereira, preso acusado de matar um dos desafetos, resumiu assim a situação: "Só possuo uma vida e essa é livre. Sou homem de honra e acostumado a falar de cabeça erguida. Essa primeira humilhação que estou sofrendo não me enfraquece e não há governo que dê jeito na minha luta com os Carvalhos. Isso é uma questão de sangue! Só quando Deus acabar com o último Pereira é que Carvalho deixa de ter inimigo nesse mundo. O senhor quer saber de uma coisa? Lá no meu Pajeú, quando um menino da família Pereira começa a crescer, vai logo dizendo: tomara já ficar homem para dar cabo de um Carvalho. A mesma coisa dizem os meninos deles". E nem parentes em comum eram capazes de interromper esse ciclo vicioso. O que, aliás, se repetia nas contendas de muitas outras famílias.

Iniciada em 1913, a guerra entre os Novaes e os Ferraz, em Floresta do Navio, também levou a várias mortes. Em 2000, o assassinato do soldado da Polícia Militar Carlinhos Novaes (em represália à execução do prefeito Oscar Ferraz Filho) parece ter sido o último lance do conflito. Para Mello, o caso diverge um pouco dos anteriores porque é mais uma disputa política que de sangue. Até hoje, na Igreja do Rosário de Floresta, Ferraz se sentam à direita e Novaes à esquerda. Mas, como prova de pacificação, a atual prefeita chama-se Rosângela Maniçoba Novaes Ferraz. "Faço questão de dizer que sou Rorró Maniçoba. Essa briga entre as famílias é de um pequeno grupo. Não faço parte dessa rixa", afirma a primeira mulher a comandar a cidade, no sertão do rio São Francisco.
Também duelaram em Pernambuco Morais e Cabrais, em Garanhuns, e Honoratos e Barros, no sul do estado. Omenas e Calheiros lutaram em Alagoas, assim como os Fortes Nunes e os Maltas. No Ceará, além dos Montes e Feitosas, combateram Mourões contra Moquecas e os Geraldos e os Leites. Brilhantes e Limões e Viriatos e Morais brigaram no Rio Grande do Norte, Cavalcanti Aires e Nóbregas combateram na Paraíba e os Maias estranharam-se com os Suassunas no eixo CE, RN e PB. No Sudeste, em Patos de Minas (MG), há registros de embates sangrentos entre Barcelos e Quintinos.
Há uma relação das lutas entre famílias com a milenar Lei do Talião, o "olho por olho, dente por dente"? O historiador Frederico Mello explica: "A guerra entre clãs é mais primitiva ainda, até porque a desproporção entre a ofensa e a vingança é muito grande. Em pouquíssimas ocasiões, o dano causado ao inimigo não superou a perda inicial".


Porta de entrada para o cangaço

Refregas levaram ao banditismo

Alguns dos principais personagens da historiografia sertaneja estiveram, de uma forma ou outra, envolvidos em lutas de famílias. Virgulino Ferreira da Silva apoiou os Pereiras em sua luta contra os Carvalhos em Serra Talhada. A própria trajetória de Lampião no cangaço se iniciou após uma questão entre sua família, Ferreira, com os vizinhos Barros, mais conhecidos como Saturninos e aliados dos Carvalhos. Já os Ferreiras tinham parentesco com os Pereiras. Também o cangaceiro potiguar Jesuíno Brilhante se iniciou no banditismo após matar Honorato Limão. A vítima era líder de uma família rival, em guerra contra os Calados, clã do qual Jesuíno fazia parte. Antonio Silvino, antecessor de Lampião, cujo nome verdadeiro era Manuel Batista de Moraes, foi outro que estreou no cangaço por questões de parentela. Antonio Vicente Mendes Maciel, o Antonio Conselheiro, antes de se tornar líder messiânico, esteve indiretamente envolvido na luta entre os Maciéis e os Araújos em sua Quixeramobim natal. Os Araújos eram uma família poderosa da região que, súbito, viu seu poder ser contestado pelos rivais, gente pobre, mas valente.

Um mundo de desavenças
Só na Albânia, milhares já morreram

O Gênesis, no Antigo Testamento, descreve a vingança radical de Simeão e Levi contra Sichem, filho de Menor, que deflorou Dinah, filha de Jacó. Os irmãos da moça trucidaram a família do infeliz. Confúcio, o sábio chinês, estabelece em suas prédicas: "Não vivas sob o mesmo céu com o assassino do teu pai; se o encontrares na feira ou na reunião, não percas tempo em voltar e buscar armas". A China foi um dos lugares onde mais prosperou a vingança privada. No Egito, diz Luiz de Aguiar Costa Pinto, havia um costume semelhante: "Não mates para que não te matem. O que matar será morto, e o que der ordem de morte morrerá também".Nas regiões rurais da Espanha, Portugal e Itália, as contendas familiares eram comuns. A guerra entre os Médicis e os Sforzas, no Renascimento, ficou famosa. Na Albânia, sobrevive até hoje o Kanun, um código de honra não escrito, que determina aos familiares de um homem assassinado "lavar a honra" com o sangue do inimigo ou de seus parentes, num ciclo sem fim. O fenômeno é descrito por Ismail Kadaré no livro Abril Despedaçado. O Kanun, que existe há mais de 500 anos, foi declarado ilegal durante o governo do ditador comunista Enver Hoxha. Mas, após a sua morte, em 1985, a prática voltou com força no país. Desde 1991, o Comitê Nacional de Reconciliação trabalha para acabar com as rixas familiares. A ONG calcula que 9,5 mil pessoas foram mortas, nas últimas décadas, com base no código.
(Fonte: guiadoestudante.abril.com.br)


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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Plataforma Freire - Plano nacional de formação de professores da educação básica

Plataforma Freire - Plano nacional de formação de professores da educação básica

Plano nacional de formação de professores da educação básica

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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Educação Física

Educação Física - Tudo sobre Educação Física!
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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A História Oficial do Basquete !

A História Oficial do Basquete - Confederação Brasileira de Basketball
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Folha Online - Fovest

Folha Online - Fovest - Uso da palavra "que"
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Saiba História: Alguns ditados populares e seus significados

Saiba História: Alguns ditados populares e seus significados: . Muitas vezes usamos certas expressões, mas não temos ideia do que elas significam. São ditados ou termos populares. Confira!
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terça-feira, 15 de outubro de 2013

LEITURA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

LEITURA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Postado por Alencarnovomundo às 22:02 Nenhum comentário:
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

3 maneiras imbatíveis de manter a motivação - Dicas Profissionais

3 maneiras imbatíveis de manter a motivação - Dicas Profissionais
Postado por Alencarnovomundo às 06:31 Um comentário:
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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O NAZISMO E SUAS EVIDÊNCIAS CRIMINOSAS.


Os nazistas e suas atitudes bárbaras   provocaram  abalo moral no mundo todo" . As ideias malévolas do Nacional - Socialismo, oriundas da mente insana de Adolf Hitler e seus chavões vazios, chocaram a humanidade, deixando cicatrizes irreparáveis no seio  da sociedade mundial. A carnificina orquestrada pelo Hitlerismo, indubitavelmente denegriu  a qualidade do que é  humano; a falta de benevolência do nazismo  marcou  para  sempre àquele que é considerado
  um dos mais tenebrosos períodos   vividos   pela  Europa e adjacentes.
O nazismo centrava-se no totalitarismo, ou seja, na ideia de que o estado e o chefe- de- estado(no caso da Alemanha, o Fuhrer)  controlavam  tudo e todos. Para   implementar   tal  ideologia,    necessecitou-se construir uma sociedade igualitária  ou  homogênea; pois este, (nazismo) fundamentava-se   também  no  racismo. A  raça ariana  era  considerada superior; enquanto que, as demais, eram classificadas como inferiores. As formas de controle social impostas pelos nazistas  envolviam a utilização e agravo do medo de modo intenso. Todos  policiavam a todos e todos sentiam-se  policiados e  amedrontados. Cada membro dessa subjugada  sociedade, passou  a ser  visão e audição do ditador; no caso da Alemanha, Adolf Hitler.
 As babáries praticadas pelo regime nazista e  suas ideias  extremistas, suscitam indagações do tipo: "Como seres humanos civilizados podem fazer tanta crueldade com outros seres humanos?...O termo nazista tem sido utilizado incansavelmente  para descrever pessoas que cometem crimes e outras transgressões sem denotar sentimento de culpa e arrependimento.
O  Nazismo consistia assim em um movimento que defendia a superioridade da raça ariana, ou seja, o homem branco e alemão e a doutrina do "espaço vital" nacional para a Alemanha e seu povo. O racismo, no Nazismo, alcançou   patamar nunca antes visto   na história, tornou-se  Política de Estado para eliminar outros povos considerados biologicamente inferiores. Isto, porque Hitler julgava  que, só a raça ariana era "depositária do progresso da civilização" e, portanto, como  povo -  proprietário, tinham de conquistar e submeter as raças inferiores.
No Brasil; assim como em diversos   países, defender e exaltar o  nazismo,  é  determinado em lei - crime  inafiançável.
O Nazismo instigou a Segunda Guerra Mundial... foi um regime tão mesquinho, a ponto de Adolf Hitler  insinuar  a destruição dos meios de vida de  seu próprio povo caso perdessem a guerra. Sua mente insana era destruidora.
Uma das características mais comuns entre os nazistas é a ausência de empatia. O movimento  foi tão meticuloso e intransigente, que gerações futuras jamais esquecerão de tais atrocidades.
                                                               NAZISMO NUNCA MAIS.
                                                     
Postado por Alencarnovomundo às 15:15 Um comentário:
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